Na madrugada do dia 2, os fãs do automobilismo puderam acompanhar o mais caótico GP da temporada até agora. Cheio de batidas, Safety Cars e bandeiras vermelhas, o Grande Prêmio da Austrália entregou uma corrida de tirar o fôlego e o sono dos espectadores, porém com um resultado previsível.
Quem não esperava muito da corrida, se surpreendeu já durante a largada, com George Russell, da Mercedes, pressionando Max Verstappen, da Red Bull, e tomando a frente na primeira curva, enquanto Fernando Alonso, da Aston Martin, e Lewis Hamilton, da Mercedes, brigavam pela terceira posição. Foi durante curva três, no entanto, meros segundos após a largada, que o caos se iniciou em Melbourne, com Charles Leclerc, da Ferrari, tentando ultrapassar Lance Stroll, da Aston Martin, quando não havia espaço o suficiente e indo parar na brita, dando fim à sua corrida sem sequer completar uma volta inteira.
A batida de Leclerc foi a razão para que o primeiro Safety Car da corrida fosse acionado e os carros seguiram em baixa velocidade atrás dele por duas voltas, a bandeira verde sendo dada na volta 3 e tendo Russell em primeiro, Hamilton em segundo e Verstappen em terceiro.
Quatro voltas depois, no entanto, veio a primeira das três bandeiras vermelhas que aconteceriam durante a corrida. Alexander Albon, da Williams, que havia largado da oitava posição (sendo essa sua melhor classificação com a equipe) e ganhado duas posições, acabou perdendo o controle sobre a traseira de seu carro na sétima curva e girou, indo para a brita e batendo nas barreiras. A corrida precisou ser interrompida para que a pista fosse limpa, as barreiras verificadas e o carro de Albon retirado do caminho.
Alguns minutos depois e com várias mudanças de pneus, os pilotos e carros voltaram para a pista, atrás do Safety Car, para largar novamente. Dessa vez, Hamilton liderava a corrida, com Verstappen em segundo e Alonso em terceiro. Logo após a relargada, houve contato entre os carros de Nyck De Vries, da AlphaTauri, e de Esteban Ocon, da Alpine, causando a queda do piloto holandês de P12 para P17.
A liderança esperada de Max Verstappen veio três voltas depois da relargada, quando o uso do DRS foi liberado. Max ultrapassou Hamilton sem muitos problemas ou impedimentos e logo abriu 2 segundos de distância entre ele e o piloto inglês, que ficou para trás com Fernando Alonso em sua cola. Mas, novamente, poucas voltas depois, a bandeira amarela voltou a aparecer, seguida de um Safety Car Virtual, pois o motor de George Russell começou a pegar fogo, dando fim à corrida do piloto da Mercedes.
Com o término do Safety Car Virtual, a ação ficou concentrada atrás dos três primeiros, com Carlos Sainz (Ferrari), Lando Norris (McLaren), Pierre Gasly (Alpine) e Lance Stroll (Aston Martin) disputando posições.
A corrida seguiu em um ritmo normal até as últimas 10 voltas, quando as coisas começaram novamente a não seguir muito bem. A começar por Max Verstappen, que acabou na grama após as suas rodas dianteiras travarem. Isso o fez perder 4 segundos de vantagem, mas a distância entre ele e Hamilton era confortável demais para Verstappen, que voltou à pista ainda na liderança.
Kevin Magnussen, da Haas, foi outro piloto que teve má sorte no GP da Austrália. Com 4 voltas para o fim, Kevin tocou a parede na saída da segunda curva, o que o fez perder seu pneu traseiro direito e apesar de ter conseguido tirar o carro da pista, destroços de seu pneu e carro sujaram a pista, causando a segunda bandeira vermelha da corrida.
Com duas voltas para o fim, os carros voltaram para pista e novamente houve relargada, mas a corrida foi parada logo em seguida por múltiplos contatos entre carros que tiraram vários pilotos da corrida. Logan Sargeant, na primeira curva, não freou corretamente e acertou a traseira de Nyck De Vries, tirando-o da pista. Carlos Sainz bateu em Fernando Alonso, o que o fez o piloto da Aston Martin rodar e perder várias posições, retornando à corrida em sétimo quando tinha praticamente um pódio garantido com um terceiro lugar. Sergio Perez, para evitar bater com a Alpine que vinha na sua frente, passou por cima da brita. Pierre Gasly desviou de Alonso e Sainz pela pista, mas alguns metros a frente acabou acertando o companheiro Esteban Ocon e ambos terminaram nas barreiras.
Pela terceira e última vez, os pilotos saíram de seus carros, todos bem apesar da confusão. A decisão tomada foi que os pilotos restantes relargariam na mesma ordem da última relargada, seguiriam atrás do Safety Car, que entraria na pit lane no final da volta, e os pilotos passariam pela linha quadriculada sem ultrapassagens. Isso deu a Max Verstappen a vitória, seguido por Lewis Hamilton e Fernando Alonso, que completaram o pódio.
Apenas 2 pilotos na pista não pontuaram com o fim da corrida: Valtteri Bottas e Carlos Sainz, que terminou a corrida em P12 após ser punido em 5 segundos pelo toque em Fernando Alonso.
A ordem de pontuação foi: Verstappen, Hamilton, Alonso, Stroll, Perez, Norris, Hulkenberg, Piastri, Guanyu e Tsunoda.
A Formula 1 retorna no dia 28 de abril para o Grande Prêmio do Azerbaijão.
