Antes de disputar as 6 Horas de São Paulo, em entrevista exclusiva ao Race Mode, Mick Schumacher, piloto da Alpine Endurance Team, revelou as dificuldades do circuito de Interlagos e sua adaptação às corridas de resistência. Após uma classificação complicada, as estratégias para buscar a zona de pontuação foram o foco principal da equipe e do piloto, resultando na conquista dos primeiros pontos na temporada.

Mick Schumacher revelou uma boa adaptação ao Endurance, destacando as diferenças em relação à Fórmula 1. Ele mencinou que, embora os períodos de pilotagem sejam semelhantes, o estresse é maior em corridas longas. Veja abaixo o comentário do piloto:
“Bem, é bem mais estressante em períodos mais longos. Obviamente, temos uma quantidade semelhante de Stints que fazemos como na Fórmula 1. Então, sempre que você pilota lá, é por volta de duas horas. Então é bem semelhante à Fórmula 1”, explicou.
“Entretanto, a maior diferença é que, às vezes, como no Catar, por exemplo, você acaba por fazer isso muitas vezes. E em corridas de 6 horas, como aqui no Brasil, será um revezamento único, onde você faz 60 minutos, e, dependendo da estratégia, pode fazer outro ou mudar o piloto”, continuou.
“Logo, é um pouco diferente. A filosofia é outra. Porém tem seus pontos negativos e pontos positivos, temos de ter a capacidade de aprender pelo lado bom”, terminou.
Ainda em entrevista, ao ser questionado sobre o circuito de Interlagos, Schumacher apontou a abrasividade e as ondulações da pista como principais desafios. Ele acrescentou que o carro está em desenvolvimento e que a equipe está progredindo gradualmente.
“A pista no exterior é bem difícil, bem abrasiva. Então, o pneu não dura muito tempo. Criam-se muitas ondulações, então, o carro não está lidando bem com isso no momento. Então, ainda estamos tentando analisar isso e tentando descobrir antes da corrida para fazermos um avanço”, comentou.
“Mas, sim, acho que temos que considerar que o carro também é bem novo. É apenas a quinta corrida essencialmente. Então, ainda estamos numa etapa de desenvolvimento, onde estamos buscando, de pouco em pouco, entender o carro e melhora-lo. Estamos no caminho certo, num caminho positivo, e isso leva tempo”, concluiu.
Apesar dos desafios, a Alpine de número 36, junto à Mick Schumacher, Nicolas Lapierre e Matthieu Vaxiviere, conquistou seus primeiros pontos na temporada, demonstrando potencial e evolução gradual da equipe.
Por Lívia Galvão